Percepções


Na boa, sempre na sua, ele contemplava o mundo em silêncio.
Dia após dia, sem folgas aos finais de semana e nem em feriados, ele estava lá, cumprindo com sua função. Ainda que nem sempre fosse notado, sua presença era constante.

Ao longo dos anos as pessoas se dividiam em torno de suas opiniões sobre ele. Alguns procuravam vieses científicos, alguns poéticos. Uns pareciam não pensar sobre ele e outros tantos criticavam com veemência a intensidade com que ele realizava suas atividades.

Poucos dirigem sua fala diretamente a ele. Uma destas pessoas era Sofia, que todo fim de dia lhe dava tchau.
Em retribuição o astro rei (que não é o Roberto) pintava de amarelo e rosa as nuvens antes de sumir de vez, até que o novo dia chegasse.

A quem tivesse dúvidas, ao entardecer, ela explicava:
- Agora o Sol foi para a casinha dele.

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